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2010-08-28

Ano Internacional da Biodiversidade - Numismática e Simbolismo (20 liras de Itália 1957)

As moedas de 20 liras italianas, como a de 1957, antes da entrada da moeda única, euro, tinham cunhado no verso um ramo de Quercus suber (sobreiro), espécie a partir da qual se produz a cortiça.
A cortiça é um material de origem vegetal da casca (súber) dos sobreiros (Quercus suber), com grande poder isolante.
A primeira extracção da cortiça ocorre, normalmente, quando a árvore atinge entre 25 a 30 anos, sendo que a extracção ocorre nos meses de Junho a Agosto. Essa cortiça, por vezes com espessura considerável, recebe o nome de virgem e distingue-se substancialmente da cortiça de reprodução extraída nos períodos seguintes: é designada por secundeira na segunda tiragem e por amadia nas tiragens ou extracções subsequentes. A cortiça amadia é a de maior qualidade, sendo por isso a mais valorizada, e a única que pode ser utilizada para o fabrico de rolhas. A partir desta fase, a cortiça é extraída a cada nove anos.
Actualmente, a cortiça é uma matéria-prima nobre cuja utilização se estende a variadas utilizações como sejam os revestimentos de solos, os isolamentos (térmicos e acústicos), na fabricação de instrumentos musicais, em artigos de decoração, nos componentes para calçados e para o setor indústrial de diversos segmentos automóvel, bebidas, construção alvenaria, decoração, entre outros.
Portugal, com uma área de 730 mil hectares de montado de sobro, é responsável por mais de 50% da produção mundial de cortiça. Outros produtores são Espanha, sul da França, sul da Itália e mais recentemente Marrocos, Argélia e Tunísia.
O desenvolvimento tecnológico e a aplicação de novas técnicas, incluindo de gestão, levaram à integração vertical de algumas operações de transformação da cortiça.
A cortiça também ja foi usada para o descobrimento da célula (somente para o descobrimento da palavra célula, pois o que o cientista viu, não era na verdade a célula). Em 1665, Robert Hooke utilizou finos cortes de cortiça e visualizou em seu microscópio algo parecido com "favos de mel", e deu-lhe o nome de cécula, jurando ter visto "a célula".