Comunidade Portuguesa de Ambientalistas
Ring Owner: Poli Etileno Site: Os Ambientalistas
Anterior Lista Aleatório Junte-se a nós! Próximo

2010-07-17

Ano Internacional da Biodiversidade - Numismática e Simbolismo (1 dollar da Austrália)

As moedas de 1 dollar da Austrália , como a de 1984 têm cunhadas no reverso, Cangurus (Macropus sp.)
O canguru, é o mais famoso e o maior dos marsupais (mamíferos que completam o seu crescimento, após o nascimento, numa bolsa situada na barriga da mãe), vive na Austrália e é o mais conhecido de todos; é no entanto apenas uma de entre mais de 150 espécies (grupo de animais muito semelhantes entre si e com a capacidade de se reproduzirem) diferentes. Todos os marsupiais se reproduzem por um processo especial em que os filhos nascem numa fase de desenvolvimento muito prematura e são criados com leite, fora do corpo materno, por vezes no interior de uma bolsa. Embora geralmente se pense serem os marsupais tipicamente australianos, existem cerca de 70 espécies fora desse continente.
Canguru é o nome genérico dado a um mamífero marsupial pertencente a quatro espécies do género Macropus da família Macropodidae, que também inclui os wallabees. As características incluem patas traseiras muito desenvolvidas e a presença de uma bolsa (o marsúpio) presente apenas nas fêmeas na qual o filhote completa o seu desenvolvimento. O canguru é o animal-símbolo da Austrália.
A palavra canguru deriva de gangurru, do idioma arborígene Guguyimidjir, significando um canguru cinzento.
Este nome foi registrado pela primeira vez como Kangooroo ou Kanguru a 4 de Agosto de 1770 pelo tenente (posteriormente capitão) James Cook nas margens do rio Endeavour, no local da actual Cooktown, quando o seu navio HM Bark Endeavour permaneceu durante quase sete semanas para reparar danos sofridos na Grande Barreira de Coral.
Curiosamente, uma lenda, erroneamente associada a este facto, conta que o nome canguru deve-se a uma falha de comunicação entre os exploradores ingleses e os nativos da Austrália:
Na viagem de descoberta da Austrália, um grupo de marinheiros do capitão Cook capturou um bebé canguru, e trouxe a estranha criatura a bordo do navio. Ninguém sabia o que era aquilo, então alguns homens foram enviados à praia para perguntar aos nativos. Quando os marinheiros retornaram, disseram aos seus companheiros: "é um canguru". Muitos anos mais tarde, descobriu-se que quando os aborígenes disseram "canguru" significava "Não sei." na linguagem deles. Isto deve-se a que quando os ingleses voltaram à Austrália, vários anos depois, referiam-se a este animal como canguru. Uma vez que o idioma Guguyimidjir era falado apenas por algumas tribos aborígenes, os muitos nativos australianos que não falavam Guguyimidjir não entendiam a que se referiam os ingleses.
Os cangurus podem chegar a pesar 90 kg e atingir uma altura de 1,80 m ou mais. O quarto traseiro, grande, pesado e musculado, e a cauda, equilibram o quarto dianteiro, que é leve, pequeno e móvel. Os membros anteriores ficam distantes do chão durante a locomoção bípede e enquanto o animal se alimenta. O salto, adoptado pelos cangurus como meio de locomoção (são capazes de dar saltos com 9 metros de comprimento e de saltar cercas com mais de 3 metros de altura!) liberta-lhes as patas anteriores para outros fins. Usam-nas para arrancar vegetação e os machos para lutar entre si. Ninguém sabe porque motivo os cangurus utilizam o salto em vez de correrem nas quatro patas, como fazem praticamente todos os outros herbívoros que habitam as planícies no resto do mundo. Talvez o acto de saltar esteja associado ao facto de carregarem os filhos na bolsa, tentando-os manter em posição erecta, particularmente ao deslocarem-se com grande rapidez sobre terreno acidentado e pedregoso. Seja qual for a razão, os cangurus aprefeiçoaram extraordinariamente a capacidade de saltar. As suas patas traseiras são muitíssimo poderosas, a longa cauda musculada pode ser esticada para contrabalançar o peso e dar-lhe equilíbrio, e o animal, aos saltos, consegue atingir uma velocidade de 60 km/h.
Os dentes e o sistema digestivo são adaptados a uma dieta herbívora. Os dentes também são diferentes dos dentes dos outros herbívoros. Existem 4 pares de cada lado da mandíbula. Só os anteriores é que são usados na mastigação das rijas gramíneas que hoje crescem nas terras ressequidas da Austrália Central.
Quando se desgastam até à raíz, esses dentes caem e os posteriores deslocam-se para a frente para substituí-los. Quando o animal tem 15 ou 20 anos, os seus últimos molares estão em uso.
Erva, água e um bom abrigo é tudo o que precisa este magnífico animal, e por isso é perseguido pelo Homem, que o acusa de roubar a melhor erva às suas ovelhas.