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2010-07-24

Ano Internacional da Biodiversidade - Numismática e Simbolismo (5 Laari das Maldivas)

A moeda de 5 Laari das Maldivas tem cunhada uma Albacora (Thunus albacares).
A Albacora, Albacora-da-lage, Albacora-cachorra (Brasil), Atum, Atum-amarelo (do inglês "yellowfin"), Atum-oledê (São Tomé e Príncipe), Atum-de-galha-à-ré (Cabo Verde), Rabão (Angola), Rabo-seco (Cabo Verde) ou Alvacora (Açores), são alguns dos nomes vulgares em português para a espécie Thunnus albacares (Bonnaterre, 1788). Esta espécie encontra-se nas água tropicais e subtropicais de todos os oceanos, com excepção do Mediterrâneo, mar Vermelho e mar da China Meridional.
É um peixe de grande tamanho, atingindo um peso de 200 kg, mas de crescimento rápido, com uma idade máxima estimada de nove anos. Tem um comportamento pelágico, forma cardumes por tamanhos, mas pode juntar-se com outras espécies; os tamanhos maiores são frequentemente vistos juntos com golfinhos.
A reprodução ocorre principalmente no verão.
A Albacora tem a segunda barbatana (nadadeira) dorsal e a anal muito grandes (daí o nome dado no Brasil de “galha-a-ré) e amarelas. O corpo é azul escuro no dorso, tornando-se gradualmente amarelo a branco na barriga.
É uma espécie de grande valor comercial, especialmente nos Açores, sendo comercializado congelado, enlatado, fresco ou fumado; atinge um valor elevado para a produção de sashimi. As capturas aumentaram exponencialmente desde meados do século XX até 2003, quando atingiram as cerca de 1,5 milhões de toneladas pescadas por ano a nível mundial. A partir desse ano, as capturas mostram uma tendência decrescente. O método de pesca mais empregue para esta espécie é o palangre de profundidade, operado principalmente por frotas do Japão, Coreia do Sul e Taiwan. Nos Açores a pesca é feita utilizando a técnica de "salto e vara".
A pesca de “salto e vara”, depende da capacidade dos pescadores para a detecção e captura de atum. Membros da tripulação mais experientes, com a ajuda de binóculos, procuram por indícios da possível presença de atum, tais como, aves marinhas alimentando-se, cetáceos, destroços, etc. Após a identificação positiva o barco aproxima-se do cardume e desliga o motor ligando o chuveiro de água que simula o movimento em fuga de pequenos peixes pelágicos na superfície da água do mar, ao mesmo tempo que esconde os pescadores do ângulo de visão do atum. O tineiro começa a lançar isco vivo para o mar de modo a atrair o cardume para perto do navio e, dependendo da fome do atum o evento de pesca pode ser muito rentável para estes homens. Diferentes espécies de atum estão presentes na ZEE dos Açores durante os meses de verão, sendo as espécies de atum mais capturadas o atum Patudo (Thunnus obesus), o Voador (T. alalunga) e o Gaiado/Bonito (Katsuwonus pelamis). As duas primeiras espécies são capturadas durante os meses de Abril a Junho, enquanto o gaiado normalmente é capturado a partir de Junho a Outubro. O galha-a-ré (T. albacares) e de atum rabilho (T. thynnus) também estão presentes nos Açores a partir de Abril a Outubro, podendo mesmo ser considerado este arquipélago como um magnífico ecossistema para o atum em migração.