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2009-09-06

Um povo sem memória é um povo sem futuro

Um povo sem património, é um povo sem referências. Um povo sem referências, é um povo sem memória.Um povo sem memória, é um povo sem futuro.É o Património Arquitectónico do Porto, Coimbra e Lisboa que promove a maioria do turismo no nosso país. É o património de Óbidos ou Monsanto e outras tantas povoações, antes esquecidas, que promovem o turismo rural continental.Qual a preocupação da República ou do Governo Regional com o património arquitectónico das nossas ilhas e com a promoção do turismo das mesmas? Um terço do património classificado pela UNESCO em Portugal está em risco de ruir.Com a extinção da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, no quadro do PRACE (Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado), paira agora a indefinição sobre o futuro de muitos imóveis com outras classificações que não a de monumento nacional.Não se viu nenhuma preocupação nos programas do actual Governo com o Património Arquitectónico do Arquipélago. Vai o Governo Regional substituiu progressivamente o Governo da República, numa clara subserviência ao Partido que governa na República (ex.: Hospital da Boa Nova, em Angra do Heroísmo; Recuperação da Muralha do Castelo de São Sebastião, em Angra do Heroísmo, entre muitos outros). Note-se o que aconteceu com este património na Região enquanto outros partidos governavam o País. Por outro lado, quando falta a atenção dos governantes regionais, veja-se o que faz o Governo Socialista da República: demoliu a Torre de Observação Meteorológica do Observatório Tenente-Coronel José Agostinho.O Governo da República também tem memórias da Nação a preservar na zona classificada de Vila do Porto em Santa Maria, na Zona Classificada de Angra do Heroísmo, na Paisagem protegida da vinha no Pico, nas Reservas da Biosfera da Graciosa e Flores, no Faial, especialmente na casa do primeiro Presidente da República Portuguesa, entre tantas outras situações em todas as ilhas açorianas. Não é preciso dizer o quanto autonomistas somos, basta ver, o que a República não faz neste território para se perceber que não podemos ser outra coisa que não autonomistas. Há nos Açores marcos inigualáveis da história de Portugal e do Mundo. A Autonomia terá que andar, em matéria de conservação de património, de mãos dadas com a República.A construção do aeroporto internacional de Santa Maria, em 1944, assumiu um papel central nas ligações aéreas através do Atlântico, tendo a economia dessa ilha ficado dependente, quase em absoluto, das actividades a ele ligadas. Também aí há memória de Portugal e do Mundo. Para além disso, o Aeroporto de Santa Maria é, e continuará a ser, uma importante infra-estrutura no contexto regional, nacional e internacional. Há que lhe encontrar novas valências em cada um desses contextos, mas tal passa por uma articulação de políticas entre o Governo Regional e o Governo Nacional, tal como anteriormente se referiu. Assim, é premente, não só na área da conservação do património, que existam projectos conjuntos entre o Governo Regional e o Governo da República.